por Alexsandra Leite | jun 1, 2020 | Carreira, Gestão de Pessoas, Liderança
Liderança e o Capital Psicológico Positivo das Organizações
Para muitos profissionais que exercem algum tipo de liderança, influenciar o modo de pensar e o comportamento das pessoas é um processo longo, que consome muito tempo e até mesmo cansativo.
A Psicologia Positiva aponta em suas pesquisas que o líder realmente é capaz de influenciar seus liderados e pessoas a sua volta a mudarem a visão pessimista, e verem uma luz no fim do túnel mudando de comportamentos negativos para positivos, além de melhorar suas relações de trabalho.
As pesquisas realizadas pelo Gullup Leadership Institute (GLI) da University of Nebraska – EUA, demonstram em seus resultados que não é necessário esforço de meses, pois ganhos significativos podem ser obtidos rapidamente com as intervenções da psicologia positiva por meio de seus superiores, líderes ou gestores.
Luthans, Yossef e Avolio (2007), realizaram uma extensa pesquisa por mais de dez sobre o capital psicológico positivo, conhecido como PSYCAP, que define um conjunto de características positivas de personalidade desenvolvida ao longo da vida profissional de um indivíduo tais como comportamentos, condutas etc.
O capital psicológico positivo (PSYCAP) é composto por quatro atributos derivados do acrônimo HERO, que significa herói em inglês.
Hope – esperança
Eficcacy – eficácia ou autoeficácia
Resilience – resiliência
Optimism – otimismo
De acordo com Luthans, Yossef e Avolio (2007), o indivíduo com PSYCAP elevado é capaz de:
- encontrar em si mesmo o esforço necessário para realizar atividades desafiadoras;
- tem uma visão otimista do seu estado atual e futuro;
- é perseverante na busca dos seus objetivos, e quando necessário consegue reajustar seu planejamento e criar novas rotas;
- sabe enfrentar as dificuldades com resiliência.
Qual a importância do PSYCAP para as empresas?
Considerando que o capital psicológico positivo das empresas é o seu ativo mais importante, que abarca o principal diferencial de um negócio, logo, a soma dos capitais psicológicos das pessoas, sejam positivos ou negativos impactam diretamente nos resultados organizacionais. Estudos realizados por Simón, Rojo e Molina (2011) demonstram essa relação direta entre o capital psicológico positivo de um profissional e seu rendimento na empresa.
O PSYCAP define muito do comportamento do profissional, em sua forma de fazer as coisas. Desta forma o recrutamento e seleção deve estar preparado para avaliar não somente os aspectos técnicos dos profissionais, como também suas características pessoais (capital psicológico positivo).
Além disso, para o sucesso organizacional é necessário que a liderança ofereça apoio e suporte para o desenvolvimento desse capital psicológico positivo como estratégia de desenvolvimento das pessoas e da empresa.
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por Alexsandra Leite | jul 12, 2018 | Carreira
Hoje estou aqui pra contar a história de Eric Moussambani, da Guiné Equatorial. Na Olimpíada de Sidney, Austrália, o atleta amador estreou em sua primeira competição sem saber nadar.
O rapaz cheio de boa vontade e sonhos de ser atleta começou sua empreitada treinando quatro meses antes da Olimpíada. Um pescador chamado Silvestre o ensinou a não afundar, batendo mãos e pés e Eric mergulhou na aventura.
Apenas ele e uma mulher participaram dos jogos representando o país africano. Mesmo sem nenhum planejamento ou técnica, Eric aceitou o desafio de nadar nas enormes piscinas profissionais. Viu outros nadadores treinando e pediu ajuda a um treinador norte americano, ele queria aprender a virar dentro da água. Depois de algumas dicas básicas, ganhou uma sunga do treinador e partiu para a competição.
Eric comoveu 17.000 pessoas que assistiam a competição no centro aquático, se debatendo contra a água, Moussambani conseguiu completar a prova. Ficou conhecido em todo o mundo por sua coragem e determinação.
O que aprendemos com esta história verídica?
1 – Apesar da coragem e determinação, sem planejamento e preparo não conquistou um lugar no pódio. Tudo na vida exige planejamento e preparo, inclusive sua carreira profissional. Se queremos alcançar um objetivo, planejar é fundamental para alcançar o sucesso.
2 – Eric tinha garra e determinação, mas só boas intenções não levam você além. É preciso conhecimento e técnica para avançar de forma coordenada.
3 – A importância de ter um treinador. Quem sabe se Eric tivesse orientação poderia se tornar um nadador profissional. Na vida precisamos muitas vezes de orientação profissional para conquistar nossos sonhos. Alguém que nos direcione apontando caminhos para o sucesso.
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por Alexsandra Leite | jul 3, 2018 | Carreira
Ingressar em uma faculdade é o sonho de muitos jovens e também um grande passo em direção à vida adulta, o que determina grande parte do futuro.
Porém, muitas pessoas cometem alguns erros que podem gerar grandes perdas, como tempo, dinheiro, desgastes desnecessários.Por isso preste atenção nas dicas e fique longe dos erros!
1 – Iniciar a faculdade sem saber exatamente o que quer fazer no futuro. Muita gente sai do ensino médio e acha que precisa entrar imediatamente na faculdade, mesmo sem saber o que quer fazer exatamente, escolhendo qualquer curso apenas para iniciar. Não faça isso! Não tem problema algum você ficar um ano sem ir à faculdade, você pode fazer cursos livres e conhecer melhor as áreas que lhe interessam, para ingressar com certeza na área que deseja atuar.
2 – Não considerar suas forças, talentos e preferências na hora de escolher sua profissão e faculdade. A cultura de escolher a área que dá dinheiro, ou segurança e estabilidade ainda é muito forte, porém é um belo caminho para a frustração. As pesquisas do PHD e professor de psicologia na Universidade da Pensilvânia, Martin Seligman, revelam que a realização, bem estar, saúde e felicidade são encontradas quando nos conectamos com nossa verdadeira essência, nossas forças e talentos.
3 – Buscar oportunidades na área somente quando se formar
Se organize financeiramente! Caso seja preciso abra mão de algum conforto para realizar estágios na área e adquirir experiência. Isso vai garantir oportunidades profissionais melhores no futuro.
Estes são apenas alguns dos erros que a maioria das pessoas cometem. Ficou curioso e quer se aprofundar no assunto?
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por Alexsandra Leite | abr 16, 2018 | Carreira
A águia não despreza o que é simples e essencial, e busca excelência nas ações.
A águia tem a capacidade de enxergar cinco vezes mais que a média de um ser humano – seria como enxergar uma formiga do 10º andar de um prédio. O globo ocular da águia funciona como uma câmera de alta resolução, levando a imagem ao cérebro de forma muito nítida, com cores mais vivas do que nós seres humanos podemos enxergar.
Mas no que isso se aplica a nós? Podemos desenvolver essa visão? Como?
Sim, podemos desenvolver essa visão, transformar nosso mindset (modelos mentais) e mudar a forma de ver as coisas. O ser humano da era moderna desenvolveu uma mentalidade muito preguiçosa, enxergando apenas o que está diante de seus olhos. Nos tornamos a geração microondas, instantânea. Ao apertar um botão, em segundos tenho o que quero.
1 Excelência nas ações
Em minha carreira, ao supervisionar estagiários e jovens aprendizes, observei a falta de paciência em se submeterem a tarefas simples, rotineiras, em aprender o básico e essencial. A maioria quer seguir para a próxima etapa, sem ter a base necessária da fase anterior.
A visão de águia não despreza o que é simples e essencial, e busca a excelência nas ações. Como a águia enxerga de longe algo minúsculo como a formiga, somos capazes de enxergar grandes oportunidades nas coisas mais simples.
2 Foco e oportunidade
Ao iniciar a faculdade de Administração em 2005, eu atuei como recepcionista em uma pequena escola de música. A maioria dos estudantes do meu curso trabalhavam em grandes multinacionais, bancos e empresas renomadas. Nos primeiros meses me senti um tanto inferior e comecei a procurar emprego em empresas maiores, mas, esbarrava na ausência de experiência. Claro que no primeiro momento fiquei desanimada.
Nesse momento, aprendi a desenvolver a visão de águia e observar várias oportunidades de melhoria no trabalho. Haviam problemas no atendimento, nas vendas e principalmente nos procedimentos internos. Comecei a elaborar propostas, desenvolver planilhas de organização do atendimento, formulários para padronização de processos, além de ser extremamente curiosa para aprender a função de quem estava no administrativo.
3 Organização e planejamento
Os resultados apareceram rapidamente, enquanto transformava meu trabalho em um laboratório de experiências da faculdade. Ao sentir prazer com meu trabalho, desenvolvi o pensamento de administradora. Todo o aprendizado da faculdade no período noturno, era transformado em projetos, apresentado ao diretor e aplicado no trabalho. Às vezes eu nem conseguia dormir de tão animada com as possibilidades.
As propostas, sempre bem estruturadas e argumentadas, apresentavam melhorias para a empresa e quase sempre eram aceitas de imediato. Algumas levaram algum tempo, como o sistema de Gestão Empresarial (ERP), mas todas foram implementadas.
Em oito meses de empresa, surgiu a oportunidade de trabalhar no financeiro, um desafio para quem tinha apenas 18 anos. Mesmo sem experiência, já no primeiro ano, me posicionei como administradora da escola, responsável por todas as áreas (financeiro, compras, recursos humanos, etc).
4 Profissionalismo
A escola de música era uma empresa familiar, fundada há 20 anos, na cidade de Blumenau-SC. Não havia tratamento profissional no modo de administrar, tudo era executado de forma simples e informal. O forte da empresa eram os diretores, grandes músicos conhecidos na região.
Durante sete anos profissionalizamos toda a empresa. Para o contrato de professores passamos a exigir formação acadêmica em música, atraindo profissionais de outros estados, subsidiados pela escola nos primeiros meses até se estabelecerem na cidade. Era algo inédito no ramo, contratamos cerca de 20 professores.
Fez parte dos meus projetos o desenvolvimento da área de Gestão de Pessoas, com recrutamento e seleção profissional, padronizado por meio de testes e avaliações. Além de todo suporte e treinamento após a contratação do profissional, toda a escola era capacitada para oferecer o melhor serviço. Também criei a área de coordenação pedagógica.
Em todo lugar onde você colocar profissionalismo o trabalho começa a aparecer.
5 Transformação
Uma das metas que estabeleci era validar os cursos pelo Ministério da Educação (MEC), desenvolver projetos para Organizações não Governamentais (Ongs) e diversos projetos sociais, que se tornaram referência. A transformação da comunidade por meio dos projetos, incentivou a fundação do Instituto de Produção Cultural FreeStudio.
Me especializei em captação de recursos por meio da Lei Rouanet, que direciona receitas do imposto de renda para a desenvolvimento cultural. E aí foi o grande salto da escola! Os projetos passaram a ser aprovados pelo Ministério da Cultura. Contratamos profissionais especializados na captação desses recursos, algo grandioso para o quem nós éramos como escola até então.
Com uma visão de águia você consegue gerar transformação por onde você passa.
6 Resultados
Em plena expansão, no último ano de trabalho na escola, desenvolvi o meu maior projeto junto a um empreendedor em sistemas, tão jovem e ousado quanto eu (até meu diretor duvidava ser possível). O Sistema de Gestão Integrado (ERP) voltado para todas as áreas da escola.
Quando entrei, a escola atendia em média 300 alunos, ao sair já alcançava em cerca de 600 alunos. Atualmente, o instituto atende mais de 1000 alunos, em diversas cidades da região e até fora do estado de Santa Catarina.
Se você desenvolver a excelência em tudo o que você faz, ser focado e aproveitar as oportunidades a sua volta, que muitos desprezam, ser organizado e fazer seu planejamento, se posicionar como profissional tenha certeza que a transformação e os resultados irão te acompanhar por onde você passar.
7 Mindset
Por experiência própria, falo sobre ter uma visão de águia e desenvolver um novo mindset, para enxergar o que ninguém vê. Após ser contratada por minhas habilidades em vendas e atendimento, entendi todo potencial daquela pequena empresa familiar, mesmo em meio a crise de não conseguir um emprego em uma multinacional, como eu achava que seria o melhor.
Decidi ser a melhor profissional que podia. No início muitos professores me diziam que era loucura profissionalizar uma escola de música, que isso não cabia na cultura da empresa. Mas, simplesmente não ouvi e segui adiante, mesmo sem a menor experiência.
Ao longo dos anos, surgiram muitas oportunidades de trabalho, mas eu estava completamente satisfeita. Cheguei a dormir dentro da escola em dias de eventos para não perder o tempo do trajeto, por morar longe. Eram dias de muito trabalho, mas de muita diversão. Nessa época, também prestava consultoria empresarial para outras escolas de música parceiras e empresas de outros setores, além de lecionar em cursos profissionalizantes.
8 Novos voos
Com o coração apertado, após sete anos, decidi alçar voos em organizações maiores e me especializar em Gestão de Pessoas. Para o desenvolvimento de carreira que havia traçado era extremamente importante esse salto, mas confesso que doeu sair. Recebi homenagens e fui honrada em minha saída, tenho um carinho enorme por eles e eles por mim.
Saiba o momento de deixar o lugar confortável para partir para o próximo passo e alçar voos maiores, por mais difícil que possa parecer. O profissional de sucesso tem visão de águia.
Confira abaixo o site do instituto e depoimento do diretor.
http://www.vivamusica.org.br/site/o-instituto/
“A Alexsandra é uma daquelas pessoas que trazem o sucesso no seu DNA. Ela domina ferramentas necessárias para transformar pessoas. Organizou e simplificou os controles e fluxos operacionais da nossa empresa. Uniu e fortaleceu o time. Nos instigou a superações inimagináveis. Nos convenceu que é possível e vale a pena continuar. Nos ajudou a criar uma empresa saudável, com pessoas felizes.”
Marwin Friesen
CEO da FreeStudio – Escola de Música
Diretor do Instituto de Produção Cultural FreeStudio.
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por Alexsandra Leite | abr 6, 2018 | Carreira
Por que falar de identidade profissional e da carreira que vamos escolher é um assunto tão complexo? Qual é a importância afinal?
Marting Segliman, autor do livro Felicidade Autêntica e pai da Psicologia Positiva desenvolveu junto com Christopher Peterson uma pesquisa por mais de 70 países, com milhares de pessoas, para entender o que faz as pessoas felizes. A partir dessa pesquisa descobriram que, o que torna as pessoas mais felizes é o momento em que conseguem ativar suas principais forças e virtudes. No fundo todo ser humano busca ser reconhecido, e este reconhecimento em nossa carreira vem por meio da nossa identidade profissional, expressado por áquilo que temos de melhor.
Em média, passamos 59% de nossas vidas trabalhando, 21% em desenvolvimento e 20% envelhecendo (neste cálculo estou contando apenas as 44 horas normais de trabalho, sem considerar horas extras).
Te pergunto: onde você passa maior parte da sua vida?
Vamos entender esse número melhor. Em média, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o brasileiro tem uma expectativa de vida de 75 anos, iniciando a vida profissional aos 16 anos e se aposentando em média aos 60 anos de idade.
Segundo um artigo da revista EXAME, os brasileiros estão no 5º lugar dos países que passam mais horas trabalhando por semana, veja tabela abaixo:
País |
Horas de trabalho por semana |
% de jovens que acreditam que vão trabalhar até o dia de sua morte |
Suíça |
47 horas |
6% |
Grécia |
47 horas |
15% |
Japão |
46 horas |
37% |
EUA |
45 horas |
12% |
Brasil |
45 horas |
10% |
Noruega |
45 horas |
9% |
França |
44 horas |
8% |
Espanha |
43 horas |
3% |
Alemanha |
43 horas |
9% |
Itália |
43 horas |
12% |
Canadá |
42 horas |
14% |
Holanda |
42 horas |
12% |
Reino Unido |
41 horas |
12% |
Austrália |
41 horas |
11% |
Revista Exame: Por Camila Pati access_time13 set 2016, 14h13 – Publicado em 8 jun 2016, 15h00
Com base nestes dados, podemos certificar que passamos maior parte do nosso tempo, ou melhor, de nossas vidas, trabalhando. Ou seja, trilhando o caminho de nossa carreira.
Será que podemos escolher qualquer caminho? Será que a escolha da profissão e da carreira que queremos seguir é algo sem importância, que devemos “deixar rolar, e ver no que vai dar”, e ajustar no meio do caminho?
Ou ainda, como infelizmente muitas pessoas vivem até hoje, pensando no dia da sua aposentadoria? Aposentadoria não significa o final de carreira, mas a fase final da vida, onde a energia, o físico e a disposição já não são mais os mesmos de fases anteriores da vida.
Considero uma das escolhas mais importantes da vida de uma pessoa a profissão e a carreira, pois de fato, é a escolha que vai definir o lugar que passamos a maior parte da vida ativa, dos 16 aos 60 anos de idade em média.
Faça a você mesmo uma das pergunta mais importantes da sua vida: COMO VOCÊ DESEJA PASSAR ESSES ANOS? Olhando o relógio e esperando as horas passarem, os meses e os anos? Ou fazendo aquilo que você é apaixonado e ama fazer, aquilo que expressa quem você é?
Essa escolha depende única e exclusivamente de você. O poder de como viverá a maior parte da sua vida ativa está em suas mãos. Não está nas mãos de seus pais, professores, superiores, familiares, amigos, governo ou seja quem for. É você quem vai viver a vida que escolher.
Como você quer ser reconhecido?
Inúmeras pesquisas comprovam que o reconhecimento é um fator importante no ambiente de trabalho. Há evidências de depressão e doenças psicossomáticas que afetam o desempenho e saúde das pessoas devido à falta de reconhecimento. Não basta apenas um cargo, bom salário e benefícios, é preciso um alinhamento com a identidade pessoal que gere reconhecimento.
E falando em identidade, é exatamente por este fato que a escolha profissional é algo tão importante na vida de uma pessoa. O que nos tornamos como profissional passa a fazer parte de nossa identidade por muitos anos, basta ver como nos apresentamos em certas ocasiões. : “Sou Alexsandra – Administradora” ou “Sou Alexsandra da Way of Coach”, o primeiro caso representa minha formação principal e outro a minha empresa, faz parte da minha identidade. E muitas vezes passamos anos construindo caminhos em volta dessa identidade.
É muito comum pessoas que se aposentam se sentirem deslocadas, algumas chegam a ter depressão. Justamente por esse motivo, “perdem uma parte de sua identidade”. Atualmente, existem programas voltados para o planejamento da aposentadoria, programação financeira e reconstrução da imagem do profissional como pessoa.
O estudo sobre a Teoria da Autodeterminação (Self-Determination Theory – SDT) realizado por Edward Deci e Richard Ryan, da Universidade de Rochester, revela o poder da escolha baseado na vontade própria. Ou seja, decidir única e exclusivamente por si mesmo, gerando a motivação intrínseca, que leva à realização de uma atividade por prazer e não por obrigação, nem pelo resultado.
Segundo a teoria de Deci e Ryan (2002), nós obtemos essa motivação intrínseca quando atendemos as três necessidades inatas do ser humano:
1 – Autonomia: nos primeiros anos de vida, uma criança já expressa a necessidade de estar no controle de sua própria vida, tomar decisões e agir de acordo com o seu eu interior.
2 – Competência: ter a capacidade de realizar e lidar com eficácia com o mundo ao seu redor e realizar as atividades solicitadas.
3 – Relacionamento ou conexão: todo ser humano por mais isolado ou introvertido que possa ser, possui a necessidade e o desejo de interagir, conectar-se com outras pessoas, de fazer o bem.
Essas três necessidades básicas são a base da proatividade, do bom funcionamento e da saúde psicológica das pessoas.
A motivação intrínseca leva as pessoas a alcançar o bem estar e satisfação psicológicas, que são pré-requisitos para uma vida mais saudável. (Deci e Ryan, 2002). Pessoas cujo trabalho lhes proporciona motivação intrínseca, obtém maior satisfação como um todo.
Escolher uma profissão e fazer disso uma carreira, ou em um conceito até mais amplo, partindo para a vocação, é uma escolha que aflige muitos jovens. Dá aquele frio na barriga, muita indecisão e incertezas, muitos passam anos frustrados profissionalmente sem se encontrar. Por isso, dê atenção à sua carreira, busque dentro de você o que há de mais valor, quais suas forças e virtudes, quais suas competências, o que você tem de melhor e faça disso sua identidade profissional.
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por Alexsandra Leite | mar 29, 2018 | Carreira
Você sabe como surgiu o conceito carreira?
A origem da palavra carreira vem do latim que é via carraria, que significa estrada rústica. No século VIX, essa palavra passou a ser relacionada à carreira, representando a trajetória profissional de alguém que segue um caminho, que trilha um percurso. (MARTINS, 2001)
De acordo com Dutra (1996), o conceito carreira pode ser relacionado com o caminho que um executivo precisa trilhar dentro de uma organização e também a uma profissão específica, como por exemplo, a carreira militar. Nos dois casos representam um caminho estruturado a ser seguido.
A carreira tradicional X carreira moderna
Na visão de Dutra (1996), a carreira é dividida em dois modelos, sendo o tradicional e moderno. O modelo tradicional é caracterizado pela estabilidade e por um crescimento linear e vertical, onde o profissional vai alcançar cargos maiores ao longo de sua trajetória profissional. Esse conceito permaneceu até 1970, já no modelo moderno é caracterizado pela instabilidade e crescimento descontínuo, não obedece uma ordem estática e pré-determinada, esse modelo faz cada vez mais parte dos dias atuais.
A visão tradicional está ligada a um mundo estável, no qual as pessoas aguardavam seu crescimento progressivo em uma mesma empresa. O grande ápice era ingressar como aprendiz e chegar a um cargo alto de liderança dentro da organização. (CHIAVENATO, 2012).
Porém, no modelo moderno que corresponde mais a atualidade, o mundo globalizado, com grandes mudanças econômicas, financeiras, sociais e educacionais, é cada vez mais comum uma pessoa passar por várias empresas e em cargos distintos. Seu crescimento profissional não se dá apenas por alcançar um alto cargo de liderança dentro de uma empresa, até porque nem todas as pessoas têm perfil ou interesse para ocupar cargos de liderança. Hoje o crescimento está muito mais ligados à satisfação e objetivos que a pessoa define para sua trajetória profissional. Eu diria que hoje, cada pessoa é responsável por fazer sua própria carreira, onde tudo vai depender de onde quer chegar.
A era da busca pela satisfação e qualidade de vida
Atualmente, as pessoas não querem apenas “ter um cargo” para serem reconhecidas, esse conceito é muito mais amplo. Cada vez mais as pessoas buscam satisfação, valorização, reconhecimento, qualidade de vida e equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Já é comum encontrar pessoas que abandonaram um alto cargo, com salários e benefícios porque não tinham qualidade de vida ou satisfação pessoal. Muitas vezes optam por salários e cargos bem menores em troca do que realmente acreditam .
Outro fator muito interessante é que, no modelo tradicional uma pessoa iniciava sua carreira e seguia até o fim da vida profissional, mesmo que no meio do caminho descobrisse certa insatisfação pela carreira . Em nosso contexto moderno, é comum uma pessoa cursar uma faculdade e depois sentir que não deseja atuar naquela área, optando pela segunda graduação, trilhando outro caminho, diferente do que havia escolhido inicialmente.
Particularmente admiro pessoas que tem a coragem de corrigir sua rota rapidamente, e traçar novos planos de acordo com suas experiências e descobertas. Pessoas que priorizam o que as satisfaz de verdade como profissional, pois não há regras, tudo depende de quais são os objetivos que busca.
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